quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Brinquedos ou comida?

O jornal francês Le Fígaro afirmou, em uma reportagem sobre o Brasil, que as crianças brasileiras preferem ganhar de Natal comida em vez de brinquedos. Eles tomaram como base de dados as cartas recebidas pelo Correios na Operação Papai Noel.

Para quem não conhece essa ação dos Correios, toda carta endereçada ao bom velhinho é colocada à disposição da sociedade para que alguém realize o sonho da criança. Geralmente, as cartas vêm de crianças pobres. No ano passado, se não me falha a memória, mais de 80% das cartas foram respondidas por algum Papai Noel.

Segundo a matéria do Le Fígaro, é em Pernambuco que a situação é mais acentuada: 60% das 11 mil cartas recebidas pediam comida de presente, do caro e charmoso peru até uma simples - mas imprescidível - cesta básica.

Este ano não peguei uma cartinha. Mas na que atendi ano passado, além de desejar uma boneca, a menininha também pedia uma cesta de alimentos. Foi a parte que mais me cortou o coração. Pelo jeito, ela não foi a única a ter esse desejo...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!



Enfim, depois de lojas lotadas, encontros com os amigos pelos bares da vida, troca de e-mails chorosos com as pessoas queridas, chegou a hora de abraçar, ainda que virtualmente, todos os amigos e desejar Feliz Natal.

À noite, momento de encontrar a família e saborear juntos a tradicional ceia natalina. Na qual, é claro, não pode faltar o prato principal: o peru de Natal. Para quem não tem muita intimidade com a cozinha, uma empresa nos EUA criou o Disk-Peru, para socorrer donas de casa desesperadas com os preparativos da ceia.

Tem de tudo: da nora que está passando aperto com o forno (e o peru) porque o danado não quer ficar como deve (e a sogra está na sala esperando para checar os dotes culinários da coitada), até um grupo de amigos que decidiu assar o peru na areia de uma praia da Califórnia e quer saber quanto tempo vai levar. É o espírito natalino, que levou uma legião de senhoras experts em peru ao telefone para garantir a ceia de milhões de americanos...

E, com ou sem peru esta noite, um feliz Natal a todos!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Corporativês

Algum dia na vida, todo mundo vai ouvir, se ainda não tiver ouvido, uma expressão da "nova língua" dominante nas empresas: o corporativês. E alguns vão começar a usá-la, mesmo sem ter 100% de certeza de seu significado. E o risco de falar bobagem é enorme.

Ao particiar do processo de seleção para uma vaga de estagiário, a candidata, de 23 anos, disse que queria sair do atual emprego porque a empresa era muito "patrimonial". Uns segundos de silêncio se seguiram até a entrevistadora perguntar o que ela queria dizer com isso. A resposta foi uma pérola: "é uma empresa de pai para filho, que emprega os primos, mesmo sem qualificação para os cargos. E que, por isso, não tem regras pré-definidas porque é tudo resolvido em família."

O site da Você S/A fez um pequeno dicionário para divulgar os conceitos que já estão no dia-a-dia das empresas. Tudo bem que não tem a definição de empresa familiar, nem o significado da palavra patrimonial... (rs) mas vale muito a pena.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Jornal popular

O SBT planeja lançar, em 2008, um jornal popular. Tenho medo da quantidade de sangue que vai escorrer pelas telas das TVs Brasil afora...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Como nos quadrinhos

Gosto de quadrinhos. Uns mais, outros menos... E me encantei com o quiz, descoberto no tapostado para descobrir qual vilão e qual super-heroína eu sou. Afinal de contas, é preciso saber lidar com todas as personalidades existentes dentro de nós...

O meu tesde deu Supergirl como heroína e Poison Ivy (Hera Venenosa, inimiga do Batman) como vilã.

Eu versão boazinha:


Eu versão venenosa:


Adorei!

domingo, 16 de dezembro de 2007

A privacidade foi pra onde?

Não sei onde o mundo vai parar com tanta tecnologia à disposição das pessoas. Outro dia estava no ônibus, sentadinha lá no fundo, quando a menina que estava do meu lado tirou uma pequena máquina fotográfica da bolsa e começou a fotografar as pessoas. Como a maioria estava de costas, ninguém viu o que o acontecia. Fiquei pensando o que ela faria com as imagens. Parece que ela leu meu pensamento e apressou-se em responder: "não pense mal de mim. Sou estudante de comunicação e estou fazendo um trabalho no qual preciso flagrar as pessoas em suas atividades corriqueiras".

Ok, pensei. E perguntei a ela: "será que as pessoas aqui querem ser flagradas andando de ônibus às 8h da noite, depois de um dia cheio?". A menina não teve resposta e eu desci no ponto seguinte.

Dias depois, entro no elevador do clube e lá tem três adolescentes filmando as pessoas que entravam e saíam do elevador com a filmadora do celular. Como a maquininha era discreta, ninguém mais percebeu o que acontecia. Quando ficamos sozinhos - eu e os garotos - no elevador, um deles deu um jeito de começar a me filmar. Brinquei que ia cobrar direito de imagem. O menino deu um risinho sarcástico e respondeu: "Vai nessa. E olha depois o vídeo no youtube".

Não tive coragem de procurar...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tem um remédio aí?

A enxaqueca já fazia parte de sua vida. Todo dia ela estava ali, firme, daquelas que não tem Tilenol ou Neosaldina que façam passar. Quando ela não aparecia para bater o ponto, a sensação era que faltava algo em sua rotina. Junto à enxaqueca, vinha o analgésico de sempre. Um não vivia sem o outro.

Um belo dia, ela resolveu ler a bula do remédio. E fez uma descoberta: o analgésico - criado para aliviar a dor latejante em sua cabeça - provocava a própria dor latejante, dependendo da dosagem consumida. Lembrou-se, então, do ditado tão ouvido na infância: a diferença entre o remédio e o veneno está na quantidade...

Dias depois, foi publicada uma pesquisa da UFMG que concluiu que quem sofre de enxaqueca tem grandes chances de desenvolver transtornos como fobias, depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, pânico.

Se a doença não leva ao desespero, as notícias sobre ela dão conta do recado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sempre Maitena


"Mas como você está entediada? Existem tantas coisas interessantes para fazer, querida... A pessoa inteligente não se entendia"
"... se angustia"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Dá para mudar o ângulo?

A fama do photoshop correu o mundo. O danado caiu na boca do povo. As pessoas recebem uma foto maravilhosa por e-mail, com cores incríveis, e logo pensam: tem photoshop aí. Na capa da Playboy, a mulher não tem estrias, celulite ou qualquer marca na pele. O senso comum diz: aí tem photoshop.

O designer recebe do cliente a foto para o anúncio. Nela, um carrinho de pipoca meia-boca. Dois segundos depois, toca o telefone: "Recebeu a foto? Olha só, não gostei muito deste ângulo do carrinho. Por trás, ele é mais bonito. Dá para mexer na foto e mudar o ângulo? É só por no photoshop, né?"

Não, minha cara. Ainda não se faz mágica no photoshop.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Preciso ler

Ler faz parte da minha vida. Tão importante quanto comer, beber, amar e respirar, eu preciso ler. Desde os primeiros livros ganhados na infância (guardados até hoje num lugar especial na estante), até o que eu estou lendo atualmente, todos ajudaram a formar quem eu sou hoje.

Se tem uma coisa que me transmite ao mesmo tempo paz e desespero é passear em uma livraria - e esse é um dos meus passatempos preferidos. A paz é conseqüência de saber que existem bons livros me esperando. O desespero é ter a certeza de que, nem em dez vidas, eu conseguiria ler todos eles.

Para aumentar minha aflição, foi reeditada no país a obra do peruano Mario Vargas Llosa. Foi só saber disso que veio a inquietação: ai, meu Deus, nunca li nada de Llosa! "Travessuras da Menina Má" segue na lista dos livros mais vendidos há meses. "Tia Julia e o Escrivinhador", "A Cidade e os Cachorros" e "Pantaleão e as Visitadoras" estão na minha lista de livros para o próximo ano.

E essa lista é literalmente uma lista, que refaço todo mês de janeiro com os livros que pretendo ler ao longo do ano e os remanescentes do ano anterior. Porque, claro, sempre sobram títulos não lidos, graças à quantidade de novos que vão aparecendo ao longo do ano e que furam a fila.

PS: Quem não gosta de ler, mas se interessa por filmes, vale pegar "Pantaleão e as Visitadoras" na locadora. O filme, baseado no livro de Llosa, é imperdível.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Alegria


Tudo bem que o balde de pipoca custava R$ 11,00.
Tudo bem que o cachorro-quente era R$ 6,00 e o refri, R$ 4,00.

O que importa é que o espetáculo é lindo. E a Alegria da noite de domingo foi paga em 10 vezes.

sábado, 1 de dezembro de 2007

So, it is Christmas


De repente, uma vitrine aparece enfeitada de vermelho. Na TV, a propaganda anuncia ofertas para o Natal. Passeando pelo shopping, um senhor de barbas brancas distribui balas e sorrisos. As pancadas de chuva no fim do dia também anunciam a chegada da época mais esperada do ano.

Mas nada, nada me faz ter mais certeza de que o Natal bate à porta do que uma passada pelas Lojas Americanas. Não. Não foram os enfeites do Bom Velhinho colocados à venda. Ouvir Simone cantando "Então é Natal" deixou a certeza de que o ano já acabou.

Diante disso, a árvore já foi montada e a guirlanda, pendurada na porta. Agora, é só esperar para receber os amigos para brindar mais um ano juntos.

Tão combatido, jamais vencido

O hino de um clube, uma escola ou um país é sempre uma música que mexe com quem o canta. A carga emocional de cantar o Hino Nacional, por exemplo, é enorme. Tudo bem que, no começo, as crianças nem entendam o que quer dizer 'raios fúlgidos' ou 'florão da América'. E tampouco saibam quem é o sujeito da frase: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.

Hoje em dia, pouca gente deve saber o Hino da Bandeira (Salve o lindo pendão da esperança...) ou o da Independência (Já podeis da pátria filhos, ver contente a mãe gentil...). Mas todo mundo sabe nem que seja o refrão do hino de seu clube do coração. Na verdade, os amantes do futebol sabem até o hino dos adversários.

Para quem gosta de testar seus conhecimentos sobre os hinos de clubes, vale uma visita aqui.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

8,50 x 4 = 60

Tem contas que não fecham. Por mais que a gente tente, fica a sensação de que alguém acredita que matamos as aulas de matemática na escola. É o caso do camelô que grita como se fosse a melhor notícia do mundo: 1 é 3 e 3 é 10. E  a senhorinha, simples na sua matemática de primário, acaba comprando três cd's piratas achando que está fazendo um bom negócio.


Hoje, recebi uma oferta parecida por e-mail. Poderia assinar uma revista especializada pela bagatela de 60 reais por ano, com direito a quatro exemplares, já que ela é trimestral. No parágrafo debaixo, o anúncio avisa que a nova edição já está nas bancas. Por 8,50 reais. 


Tive que ler umas duas vezes para acreditar no que via. Será que, por ser uma revista voltada para comunicólogos, eles se esqueceram de que a gente estudou matemática até o final do 2º grau? Ou seja, posso até não saber mais logorítimo, mas a tabuada ainda está na ponta da língua. O mais surreal foi que, minutos depois, o telemarketing da revista me ligou para oferecer a assinatura anual. E queriam porque queriam me convencer que era uma pechincha.

Praticamente um negócio da China. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O preço da audiência

Desde que o programa Hoje em Dia, da Rede Record, estreou, a turma a Globo vem tendo dor de cabeça. Tornou-se uma constante o matinal comandado por Ana Hickman passar o Mais Você no Ibope. Ultimamente, Ana Maria Braga tem perdido audiência até mesmo para o Fala Brasil, que a emissora de Edir Macedo leva ao ar antes do Hoje em Dia.


Para tentar mudar o cenário, no programa de ontem, Ana Maria Braga rebolou. Literalmente. Ela apresentou uma professora para dar aula de poli dance, aquela dança sensual que a personagem de Flávia Alessandra faz em uma boate, na novela Duas Caras. Como se não bastasse a exibição da profissional, a própria apresentadora resolveu 'entrar na dança'.


O que não se faz por uns pontos a mais no Ibope...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Árvore genealógica

Sempre gostei de histórias de família. Sagas como a de O Tempo de o Vento (Érico Veríssimo) ou Cem anos de solidão (Gabriel Garcia Marques) encantaram minha juventude e ainda me fazem sonhar alto. E desde pequena ouço histórias sobre a matriarca da minha família, D. Joaquina do Pompéu.

Quem conhece um pouco da história da formação de Minas já ouviu falar dela. Fazendeira endinheirada (pergunda que não quer calar: onde foi parar essa riqueza?) cuja fazenda ia de Pompéu a Patrocínio. Vários escravos, inimigos, amigos na Corte e muita história para contar. Histórias que ficaram registradas nas páginas de livros como o Sinhá Braba, de Agripa de Vasconcelos.

E não é que minha tia tirou do fundo do baú um outro livro, que traz, além da história, a árvore genealógica da D. Joaquina? Tem minha família desde os idos de 1600 e uns quebrados até meus tios mais velhos (a edição é da década de 50). Estou encantada e resgatando minhas raízes.

Meus avós eram primos distantes, ou seja, tanto do lado da vovó quanto do vovô chego no mesmo lugar: D. Joaquina do Pompéu. Essa coisa de sangue é forte.

domingo, 18 de novembro de 2007

Sem-noção

Tenho uma amiga que diz que os 'sem-noção' vão dominar o mundo. Eles estão por toda parte. No trabalho, na família, no grupo de amigos... sempre tem um sem-noção na nossa vida. Este fim de semana descobri que dá para fazer uma grande lista dos filmes da categoria sem-noção.

Como ia passar o feriadão em casa, a opção foi aproveitar para ver alguns filmes. No fim do domingo, a conclusão: todos sem-noção:

1. A volta do todo poderoso - não assisti a O Todo Poderoso, mas a volta dele foi sofrida. Dá para imaginar alguém construindo uma arca, como Noé fez, nos dias de hoje, contando com a ajuda dos animais?...
2. Duro de Matar 4 - foi o primeiro da série que eu assisti, e foi duro ver aquelas cenas inverossímeis acontecendo como se fosse rotina...
3. Missão Impossível 3 - foi o melhorzinho, mas é simplesmente sem noção tudo o que o Tom Cruise passa e nem pro hospital ele vai. Quase um duro de matar 5. Ele disputa com o Bruce Willis o título de mais difícil de morrer...
4. 007 Cassino Royale - confesso de, depois de uma cena interminável de uma perseguição surreal no aeroporto de Miami, eu desliguei a TV.

Pelo menos uma coisa é certa: os roteiristas estão cada vez mais criativos para imaginar cenas e roteiros 'sem-noção'.

E ainda tem 'Os Simpsons - O Filme' ao lado do DVD esperando para ser visto. Mas eu tenho medo...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Mês das noivas

Com três casamentos para ir nos próximos 15 dias, tenho a certeza de que novembro transformou-se no mês das noivas.



Um brinde ao amor!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Hein?

Abri os jornais hoje e levei um susto. Tive que ler duas vezes um título para acreditar no que estava vendo: Frank Aguiar é cotado para substituir Gil no Ministério da Cultura.

Ou o país está ficando doido, ou doida estou ficando eu por continuar aqui.

PS. A matéria me lembrou que F. Aguiar é deputado federal. Além de cantor, é claro...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Profissão doida e doída

Poder ler novamente uma série de reportagens do jornalista Maurício Lara fez abrir um sorriso largo no meu rosto. Estava com saudades de sua sensibilidade para tratar de questões mais que humanas de maneira informativa e poética. A série do jornal Estado de Minas sobre a prostituição no Norte de Minas Gerais trouxe um ângulo diferente: ser mulher da vida é carreira que passa de mãe para filha, para neta e entra num círculo vicioso difícil de quebrar.

Ouvir relatos, contar histórias de pessoas comuns foi uma das características que me atraiu para o jornalismo. Gente como a Maria Cheirosa e a Maria Pisca-Pisca, principais personagens da ‘saga’ de Maurício. Além das reportagens, ele ainda faz uma análise do que viu e viveu durante a apuração. Daí sua conclusão: o jornalismo é uma profissão doida e doída.

A publicação das matérias termina amanhã, mas dá para acompanhar um pouco pelo site do jornal.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Amor e tecnologia

Histórias de amor sempre acontecem por aí. As dos filmes de Hollywood geralmente são as mais açucaradas, choronas e, por que não dizer, inverossímeis. Mas uma dessas histórias que parecem ter saído das telonas aconteceu em Nova Iorque. Um indivíduo viu a mulher dos seus sonhos no metrô, criou um blog para achá-la e... conseguiu.

Se a história teve ou não um final feliz, ninguém sabe. Ele deixou de atualizar o site depois que a menina topou o primeiro encontro com ele.

Essa é para deixar calados aqueles que não acreditam na força da web...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ginástica


Eu sei que é preciso, mas frequentar uma academia de ginástica é meu suplício.

- Primeira aula! Vamos ver, querida, se nos entendemos. Você quer reduzir, endurecer ou tonificar?
-Fugir.



by Maitena

domingo, 4 de novembro de 2007

Se todos fossem iguais a você

A Veja desta semana realmente me causou espanto. Depois do mapa-múndi doidão (veja post abaixo), o empresário Enzo Rossi resolveu sentir na pele como vivem os empregados de sua fábrica de massas alimentícias. Ele e a mulher - que também trabalha na empresa - passaram um mês com 1000 euros cada, valor que a maioria dos empregados recebe de salário.

Todo mundo já poderia saber o final: sobrou mês no fim do salário. No dia 20, já não tinham mais um centavo. Resultado: aumentou em 20% a remuneração mensal dos empregados de sua fábrica. O mais fantástico da história é a lucidez com que ele tomou essa decisão. Deixou claro que foi o mais puro ato de egoísmo. E explica: com um salário insuficiente para terminar o mês, as pessoas vivem sob o estresse psicológico e trabalham mal. Se o empregado está feliz, o macarrão sai mais bem feito.

Se a moda pega por aqui, queria ver muita gente se virar com um salário mínimo.

No llores por mi, Argentina


Uma coisa me impressionou na Veja desta semana. Uma pesquisa do Instituo Ipsos mostou que, assustadoramente, 50% dos brasileiros entrevistados não conseguem identificar, ao olhar um mapa-múndi, onde fica nosso país. E quase 10% deles já passaram pelos bancos de uma faculdade. Saber onde fica a França, então, foi tarefa que apenas 3% conseguiu acertar.

Craques em fazer piadas com os hermanos argentinos, 2% dos brasileiros acharam que o Brasil fica na Argentina. E 84% não sabem nem onde a verdadeira Argentina fica. Não é à toa que tem muita gente mundo afora achando que a capital do Brasil é Buenos Aires. Se brincar, foi um brasileiro que contou...

sábado, 3 de novembro de 2007

Drinque sem noção

As pessoas mais simples acreditam em tudo. É tamanha a boa fé, que às vezes é difícil acreditar. É como o caso de uma moradora do Aglomerado da Serra (conjunto de favelas em BH) que contou em um programa de rádio que tomou soda cáustica com água porque lhe disseram que era bom para 'queimar' gorduras.

Para mim, inacreditável. Para ela, dias no hospital para recuperar o organismo da aventura.

O depoimento está no livro 'Rádio Favela ouve a mulher', de Marisa Sanábria.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Cuidado com a tartaruga

O universo das assistentes do lar, empregadas domésticas ou qualquer outro nome politicamente correto que se dê a essa profissão é vasto e cheio de boas histórias. Esse é o tema do site patroasimsenhora.blogspot.com, da jornalista Nalu Saad. Lê-lo me fez lembrar de uma pérola de uma faxineira que ia lá em casa semanalmente.

Tenho no banheiro uma tartaruga de plástico, pequena mas nem tanto, que fica na borda da banheira, enfeitando o espaço. No primeiro dia que o enfeite estava lá, a moça chegou branca, lívida, na sala onde eu estava e disse: "Olha, eu faço muita coisa na vida, mas não limpo lugar de bicho não. Ainda mais desses que eu tenho medo".

Como lá em casa não tem uma alma viva além de mim e do marido, levei alguns segundos até entender o que se passava. E ri muito, muito, sozinha no quarto depois de mostrar a ela que o bicho feroz era uma tartaruga de plástico.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cegonha à vista

Homenagem a uma amiga que está muito feliz com o prenúncio da cegonha.


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Mude de vida ou vai se perder...

Não, o título não é uma referência a qualquer música sertaneja. É a mensagem que a acupunturista me passou hoje. Em outras palavras, meu estilo de vida está me adoecendo. Mas, o que será um outro estilo de vida? Ou como será?

Será que tenho que levantar às 6h e fazer ioga vendo o nascer do sol? Ou será que tenho que dormir até as 10h para acordar descansada? Durmo cedo e só me alimento de coisas saudáveis ou vou me divertir com amigos numa churrascaria até de madrugada, tomando um chope gelado?

O único conselho prático que recebi foi não assistir ao filme Tropa de Elite no fim de semana (estava nos planos). Em vez disso, a recomendação foi ver patinhos nadarem na lagoa.

Quá, quá...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Frase do dia

"Aquilo que você faz ressoa tão forte sobre sua cabeça que não consigo ouvir as palavras que você pronuncia". (Ralph Waldo Emerson)

Frase que marcou a pós-graduação em Marketing.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Comida que não é de criança

São raras as crianças que não são chatinhas para comer. Conheço pouquíssimas (já vi uma, de 3 anos, gritar no meio do restaurante: quero bacalhau!). A maioria não gosta disso ou não come aquilo, principalmente se o isso ou aquilo for verde.

Mas para a surpresa dos pais, além de tentar fazer com que os filhos comam o que faz bem, a lista do que faz mal aumentou. A Sociedade Brasileira de Pediatria adverte o risco que correm os pequenos que ingerem alimentos enriquecidos com fibras (podem causar gases, cólicas e desarranjos intestinais) ou com baixo teor de gordura (gorduras devem sim ser ingeridas na fase de crescimento - sua ausência pode causar deficiência visual , problemas hormonais e diminuição da capacidade intelectual).

Também aparecem na lista dos vilões as bebidas isotônicas (podem provocar um desequilíbrio nas quantidades de sódio e potássio no organismo), as à base de soja (por serem pobres em cálcio e ricas em fibras) e as diet (o fosfato presente pode causar desmineralização óssea e desgaste no esmalte dos dentes. No futuro, uma osteoporose).

Hora de ficar de olho.

Sonhos

Sou fã da Maitena que, com seus quadrinhos bem-humorados, consegue refletir as inconstâncias da alma feminina como ninguém mais. Do mesmo jeito que Vinícius de Moraes consegue como ninguém falar de amor, Maitena parece ler nosso inconsciente.

(Tive um pesadelo. Todos os meu sonhos se realizavam!)

sábado, 20 de outubro de 2007

A história se repete?

Ouvi uma vez, na faculdade, uma frase - não sei de quem - mas que ficou marcada na mente: "quem não conhece a história corre o risco de repeti-la". Em São Borja (RS), um pastor da Igreja Universal é suspeito de ter destruído duas imagens sacras cadastradas Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A suspeita é da família dona das imagens, que sumiram depois que o pastor começou a frequentar a casa. As visitas tinham como objetivo levar um pouco de conforto e esperança de cura a uma das pessoas da família que estava doente.

O pastor dizia que os males da família, inclusive do doente, tinham a ver com a presença das imagens na casa. Foram encontrados restos de esculturas destruídas na casa do pastor e a suspeita é que ele as tenha queimado durante um culto.

Ele pode até estar sofrendo uma injustiça, mas quem não se lembra do pastor da Universal que chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida na TV dia 12 de outubro de 1995?

domingo, 14 de outubro de 2007

Confort food

A mente humana é uma caixa de surpresas - ainda que muitos dediquem-se a desvendá-la, ela sempre terá uma face a ser revelada. É o caso da associação que fazemos entre os sentimentos e a comida. Um cheiro de biscoito que lembra bons momentos na casa da tia. Provar um sabor que, de repente, desperta a lembrança de uma tarde de férias.

É em busca dessas confort food que tenho andado ultimamente. Procurando lembranças da infância nos cheiros e sabores de hoje. Já descobri combinações que me acalmam, outras que melhoram meu humor, algumas que me trazem o sentimento de ser maior do que o mundo. Coisas simples, como comer pipoca (não a de microondas) tomando achocolatado e assistindo a jogo de futebol é uma delas. Hoje as boas lembranças vieram com as rosquinhas de coco da Mabel. Pena que elas não couberam mais nos meus dedos como se fossem anéis de princesa...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O que á amor de mãe?

Parece que está virando moda em Minas. Primeiro, o neném jogado dentro de um saco de lixo na Lagoa da Pampulha. Depois, a menininha resgatada de dentro do Rio Arrudas (que não conseguiu resistir ao mergulho no esgoto a céu aberto). Nesse fim de semana, mais uma menina foi abandonada pela mãe que, num lampejo de bom senso, não a jogou no lixo, mas a deixou na porta de uma casa em Ibirité.

Não tenho filhos, mas não consigo imaginar de onde sai tanta crueldade do coração de uma mulher. Tem tanta gente querendo adotar uma criança, ainda mais recém-nascida e do sexo feminino. Por que não entregam o bebê para adoção? Ou, antes, porque não previnem a gravidez?

Na contra-partida, uma mineira teve trigêmeos também no fim de semana. Ela já tinha seis filhos, tem 28 anos e o marido ganha menos de R$ 400,00 por mês... Está feliz da vida (assustada, claro), mas vai criar todos com muito amor.

sábado, 6 de outubro de 2007

O futuro que nos espera

As gerações que hoje estão na faculdade serão nossos futuros médicos, dentistas, engenheiros, advogados, arquitetos, publicitários... Ou seja, pessoas que terão nas mãos a responsabilidade de salvar vidas, construir nossas casas, defender nossos direitos.

Costumo acompanhar de perto o processo de seleção para estagiários de jornalistas. Faço questão de participar de todas as etapas, vendo quem continua na disputa pela vaga e quem sai do processo e porquê. Da última vez que precisamos selecionar um, para a área de web da empresa, uma decepção. De mais de 100 currículos, 20 foram selecionados pelo software como aptos a cumprir as atividades que a vaga exigia. Dos 20, seis foram para a etapa seguinte, sendo que uma das candidatas chamou a atenção por uma série de motivos. Motivos bons, claro. Porque dos mesmos 20, cinco se destacaram por motivos ruins. Por isso, escolher seis contou com muita bondade do RH e de quem acompanhava o processo representando a comunicação (não era só eu). Das seis (todas mulheres, uma tendência que venho observando cada dia mais vívida), apenas uma foi para a entrevista final. Aquela mesma que se destacou na primeira etapa presencial. Até agora, parece que acertamos.

Mas o que mais me assusta ao acompanhar esses processos é o nível de despreparo dos canditados. Por exemplo, mesmo sabendo que iam trabalhar com o site da empresa, 90% não tinham sequer entrado no site para ver como era. Uma das atividades do processo de seleção era, munido de cartolina, cola, caneta e um monte de revistas, responder a algumas questões. Um dos estudantes, que dizia trabalhar também com design e gostar e ter experiência com convergência de mídias e blá, e blá e blá, apresentou um cartaz somente com as respostas por escrito, sem usar imagem ou qualquer outra coisa que a criatividade permitisse.

Se a geração de profissionais de outras áreas que está saindo da faculdade for semelhante à nova safra de jornalistas que está saindo do forno, tenho medo do futuro que aguarda minha velhice...

PS. Como toda regra tem excessão, acredito que sempre haverá uns 5% de bons profissionais. O difícil será encontrá-los. Ou pagar por eles.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pequena Madeleine

Nunca vi um caso de sequestro com uma repercussão tão singular como o da menina Medeleine McCann. A criança britânica, de 4 anos, foi sequestrada durante suas férias em um resort em Portugal. A primeira singularidade está na cobertura da mídia: imprensa européia, desde o primeiro minuto, noticiou o caso de uma forma nunca vista no Brasil. Com tantas crianças que somem por aqui, não dá para imaginar um sequestro ganhar o espaço na imprensa como esse ganhou em toda a Europa. Quem está certo, quem está errado? Não sei. Mas acredito que a cobetura na mídia repercute a importância que o caso tem na sociedade onde ele aconteceu. Sequestro aqui no Brasil talvez tenha ficado banalizado pela frequência... Mas nos nossos jornais, também temos notícias de Madie, mesmo 4 meses e meio após o suposto sequestro.

Outro ponto interessante é o caso em si: a polícia portuguesa soltou um retrato falado do suspeito do sequestro (e a polícia britânica chamou o desenho de 'um ovo com cabelo'); já teve porta-voz dos pais sendo acusado de pedófilo e suspeito do crime; os pais passaram de vítimas recebidas pelo Papa a suspeitos de assassinato e agora estão proibidos de dar entrevistas à imprensa; alguns turistas garantem que viram a menina em Marrocos e na verdade é uma camponesinha local; a polícia britânica critica veementemente a portuguesa (os portugueses assumiram as dores e, desde o começo, dizem que o sequestrador só poderia ser britânico, pois em Portugal ninguém comete essas atrocidades).

Enfim, nas relações entre Inglaterra e Portugal, uma novela mexicana. Quanto à pequena Madeleine, só nos resta rezar por ela. Onde - e como - quer que ela esteja.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Indigestão plástica

Ando assustada com os números que envolvem sacolas plásticas: são 300 milhões (isso, milhões) de pretensas inofensivas sacolas plásticas saindo dos supermercados e lojas brasileiros por dia (isso mesmo, por dia). Passei a pensar sobre o que é feito de tanto plástico depois de usado. Como não achei nenhuma solução para elas além de ir passar centenas de anos perdidas na natureza.

Comecei a procurar uma solução para dar minha contribuição. Foi aí que achei o movimento anti-sacolas plásticas de supermercado. A moda agora é voltar a usar aquelas antigas sacolas de feira, de lona, brim, ou até mesmo de plástico grosso (mas ela é reutilizável, né?). Quero uma.

E para quem pensa que é um problema digamos, humano, é porque não conhece a realidade do campo. Centenas de vacas morrem por terem comido uma sacolinha dessas.

Uma indigestão para todo mundo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Diga sim e sorria: você será fotografado

O mundo dos paparazzi, dos reality shows, das revistas de fofoca e de tudo o mais que faz o ser humano um indivíduo curioso por necessidade ou por sobrevivência (afinal, como você pode ficar de fora da 'última' da semana?) ganhou novos contornos nos EUA.

Lá, paparazzi ficou pop e acessível. Homens apaixonados têm contratado fotógrafos para, escondidos, registrarem a reação da noiva no momento exato do pedido: will you marry me? Querem não só contar a história do momento, mas também mostrar as fotos e a expressão de surpresa a futura noiva para amigos e familiares.

Em muitos casos, itens como o cenário e a hora do dia (para não dizer, claro, a cor da roupa) estão sendo escolhidos em função da foto que será tirada. Basta ter, além do dinheiro que será gasto depois do "sim", mais 500 dólares para contratar os serviços do fotógrafo...

O assunto foi notícia no The New York Times.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sonho de beleza

Até onde eu me lembre, há muito tempo uma Miss Brasil não consegue a popularidade da atual. Tudo indica que a suposta 'injustiça' que ela sofreu ao ficar no segundo lugar no Miss Universo (como beleza é um padrão relativo, deixo para os homens avaliarem se realmente foi uma injustiça) a tenha deixado famosa como não acontecia há várias edições. Para orgulho dos bairristas, Natália Guimarães é mineira.

Já cobri um concurso de Miss e foi uma das coisas mais divertidas que o jornalismo já me proporcionou. Não era nenhum Miss Brasil, mas o Miss Minas Gerais de 1998. A vencedora foi Camila Piva, de Patos de Minas. Entre as cenas inesquecíveis estão a platéia - mais precisamente as torcidas organizadas das adversárias (sim! tem torcida organizada e uniformizada!) - chamando a vencedora de espiga de milho, numa referência a uma das riquezas da região de sua cidade natal.

A tensão nos camarins, os nervos à flor da pele das candidatas, o estresse das mães (acreditem, mãe de miss não tem fama à toa), a emoção de um sonho... Uma mistura de tudo lotou o Minascentro.

E existem vários concursos de beleza que dão o título de Miss à beldade vencedora. No próximo sábado, será a vez da eleição da Miss Brasil Mundo 2007 (lembrem-se que a Natália é Miss Brasil - só - ainda tem um Beleza Brasil).

Todo mundo, até os mais críticos, sabem o nome de alguma Miss Brasil: Ieda Vargas, Marta Rocha, Adalgisa Colombo, Vera Fisher... Quem quiser se divertir e conhecer um pouco mais deste universo paralelo, vale uma visita ao site Misses do Brasil.

Uma consideração final: gostava mais do padrão de 'magreza' da época...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Aventure-se

Quem gosta de cozinhar ou pretende se aventurar na cozinha tem na internet um prato cheio. Não só existem sites de chefs ou gourmets consagrados como o inglês Jaime Oliver ou o brasileiro Alex Atala. Há uma proliferação de blogs de pessoas comuns, donas e donos de casa, amantes da culinária em geral. Neles, as tradicionais receitas vêm com um toque a mais, explicativo e didático. Trazem ainda um toque de humor e pessoal, como o Rainhas do Lar. Alguns são escritos com a sabedoria que envolve a estruturação dos alimentos, como o Come-se, feito por uma nutricionista.

Já não há mais desculpas para não tentar se entender com o fogão e o forno.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Indignação

"Nas favelas, no Senado
sujeira para todo lado.
Ninguém respeita a Constituição
mas todos acreditam no futuro da nação.
Que país é esse?"

Com um dia de atraso, mas para não passar em branco.

sábado, 8 de setembro de 2007

Coisas que não têm preço

O sonho de jogar contra um ídolo faz parte do imaginário de muitos - para não dizer todos - jovens atletas. Para alguns, a distância de qualidade técnica, a distância geográfica ou a diferença de idade podem fazer com que o desejo nunca se torne realidade. Para um jovem tenista de São Paulo, no entanto, o sonho deve ter se realizado hoje.

No Troféu Brasil de Tênis, campeonato nacional interclubes realizado este fim de semana em São Paulo, uma das primeiras partidas foi entre o campeão pan-americano Flávio Saretta (que representou o Minas Tênis Clube/BH) e o jovem André Pelegrino, que no alto de seus 15 anos defendeu as cores do Esporte Clube Pinheiros/SP. O placar não poderia ser diferente: 2 a 0 para o Saretta, com parciais de 6/0 e 6/2.

Mas acredito que, para o garoto, esse jogo deve ter entrado na história com um sabor especial - não necessariamente o da derrota.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

7 de setembro

Amanhã é 7 de setembro... Mas o que isso significa mesmo? Há quanto tempo a gente não participa de uma cerimônia cívica pela honra da pátria? A minha última vez foi há muito, muito tempo, cobrindo a parada de 7 de setembro em BH para a TV Tribo, nos bons tempos que fazia a TV PUC. Eu, Ana Paula (hoje repórter dO Tempo), Maria Paula (em algum lugar no Rio de Janeiro), Anna Pavlova (direto dos EUA) e Juliane Zaché (perdida em Sampa). Muita ralação com o sol na cabeça, mas muito divertido... (nossa, preciso achar essa fita de vídeo lá em casa).

Mas tem gente que ainda busca preservar a tradição do 7 de setembro. A mãe de uma amiga minha foi surpreendida com o convite de uma vizinha para uma feijoada amanhã num sítio. Feliz da vida, a pessoa já ia aceitando o convite quando a vizinha emendou: 'e a gente aproveita e faz o ato cívico, porque estas tradições têm que ser resgatadas. A bandeira já está lá'.

Como tudo na vida vale a pena, a mãe da minha amiga participará amanhã de um dos poucos atos cívicos de civis no país.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Relacionamento é tudo

Adoro empresas que se preocupam com o cliente. Faz bem para a alma sentir-se especial (ainda que para uma empresa). Vale o tapete vermelho colocado pela TAM, os cartões de fidelidade ou simplesmente chegar a um estabelecimento comercial e ser chamada pelo nome.

Dois momentos marcaram minha última semana nesse sentido. Tem uma cafeteria na Savassi (Travessa) onde, durante meses, eu e meu marido íamos pelo menos três vezes por semana tomar um capuccino depois do almoço. Depois de quase um ano sem aparecer por lá, voltamos na semana passada. A atendente, ao nos ver, já sabia nosso pedido e começou a prepará-lo. E a balconista veio perguntar o que tinha acontecido por termos ficado ausentes durante tanto tempo.

No outro dia, recebo um e-mail da Natura dizendo: "Na vida, as relações que conquistamos têm importância única. Hoje é uma data a ser celebrada porque completa um ano que você se cadastrou no natura.net..." e por aí vai. E olha que nunca comprei nada pelo site. Sei que foi um e-mail automático, mas fiquei feliz assim mesmo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Quem topa uma pelada?

Esporte é assim: para uns, trabalho, para outros, diversão. Para muitos praticantes, sinônimo de saúde e bem-estar. Para um número enorme de sedentários, um ótimo programa para ver pela TV. Estes últimos, se gordinhos, têm um motivo a mais para não apenas assistir aos jogos de seu time favorito pela TV.

Um estudo feito pela Universidade de Copenhage, na Dinamarca, mostrou que o esporte principal do brasileiro pode ser muito melhor do que o imaginado: jogar futebol ajuda a emagrecer mais do que correr. O que faz muito sentido já que, a não ser o goleiro, a maioria corre pra lá e pra cá durante todo o tempo que está em campo.

Resultado interessante, mas acredito que o futebol não precisa de mais esse incentivo para continuar sendo praticado em qualquer rincão brasileiro. Ou alguém acha que vai aumentar o número de peladeiros graças a essa pesquisa?

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Tempo, esse implacável

Quem não se encantou com os mamíferos da Parmalat? Não conheço uma única pessoa que não tenha colecionado ou pelo menos adquirido seu filhote preferido.

Aos saudosos, como eu, uma boa notícia: eles estão de volta na nova campanha da empresa. Mas, como o tempo não perdoa ninguém, os bichinhos também cresceram.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

5 estágios

Todo mundo tem crises de humor frente a um obstáculo. Do desespero à aceitação, tudo acontece. No vídeo abaixo, a pobre girafa é a metáfora perfeita das reações humanas.

Para rir um pouco. Dela e de nós mesmos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Aqui se faz, aqui se paga

Quem não se lembra de pegar um caderno antigo da avó e ver nele grafias engraçadas como pharmácia, assim, com PH. Eu, muitas vezes, quando criança, achava que meus antepassados não sabiam escrever direito. E ria da situação...

Com as novas regras da língua portuguesa que entrarão em vigor no próximo ano (veja aqui), será a vez de meus sobrinhos, filhos e netos rirem da minha cara. Afinal, como vou me acostumar a escrever ‘autoestrada’ assim, juntinho? Ou ‘voo’ sem o acento que levou algumas aulas de português para eu me lembrar dele? A única coisa boa e fácil será o fim do trema. Até porque ele ainda existe hoje de insistente que é, pois ninguém mais lembra-se dele.

domingo, 19 de agosto de 2007

Petulância de uma quase foca

Foca, no jargão jornalístico, é aquela pessoa recém-formada, que chega ao mercado de trabalho cheia de boas intenções, mas com muito ainda a aprender. Normalmente, em nosso período de foca, os jornalistas experientes têm um pouco mais de paciência, gostam de ensinar e, muitas vezes, perdoam com mais tranquilidade os deslizes inerentes da condição de recém-formado.

Terminei hoje um curso ministrado pelo Comunique-se. Foi uma aula legal, que trouxe à tona as características da Escola Européia de jornalismo, assunto praticamente não visto nas faculdades de comunicação, uma vez que o Brasil segue a Escola Norte-Americana, com sua estruturação rígida de lead (abertura da matéria) e sua teoria de pirâmide invertida (escreve-se da informação mais importante para a menos relevante).

Pois bem, ao final do curso, foi perguntado aos alunos, em sua grande maioria jornalistas, o que tinham achado do curso. A resposta de uma jovem foi: "Deve ser porque eu estou no oitavo período de jornalismo, mas achei que o curso não me acrescentou nada".

Deus proteja quem, antes mesmo de graduar-se, já acha que sabe tudo. Na verdade, que Ele proteja o mercado e os pobres leitores de pessoas assim...

sábado, 18 de agosto de 2007

Mais que portunhol

A grande maioria dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil, creio eu, não sabem falar o português. Se existem milhares de brasileiros que assassinam a língua pátria, quem somos nós para querer pedir uma coisa dessa a um turista.

Muitos dos 'gringos' tentam se comunicar em inglês e, muitas vezes, nem estamos preparados para atendê-los nessa língua que se diz universal. Noutras vezes, é o portunhol que entra em cena. Em Ouro Preto, na última semana, um casal alemão que estava ao meu lado numa cafeteria inovou: inventou o "inglesnhol". Eles pediram, para desespero do meu ouvido (que nem é muito purista), the cuenta.

Mas, o importante é que o garçon entendeu. E mereceu sua gorjeta.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Pra lembrar daqui uns anos

Por falar em memória, li na Folha de S. Paulo que uma xícara de café pode ajudar mulheres acima de 65 anos a manter a memória mais eficaz, recordando melhor imagens e palavras. Só preciso me lembrar disso quando chegar lá...

Ah, por algum motivo ainda obscuro, a regra não vale para homens.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Lado B

Tudo na vida tem o lado bom e o ruim. O importante é que o lado bom supere sempre o outro. Por exemplo: a enxaqueca passou a fazer parte da minha vida há alguns anos. E isso nunca me deixou feliz. Mas a notícia que li hoje pelo menos amenizou o sofrimento: os ‘enxaquecosos’ têm a memória mais bem afiada, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins.

Uma informação para ser lembrada como consolo nas horas de crise...

domingo, 12 de agosto de 2007

A gente cria ou inventa?

Li, recentemente, um artigo do Alex Atala, um dos chefs que eu admiro, no qual ele fazia uma diferenciação entre criar e inventar. Para ele, criar é trabalhar sobre parâmetros pré-estabelecidos. Primeiro, você precisa ter o domínio da técnica. Assim, segundo ele, cozinhar bem é criação, e não invenção.

Acredito que na comunicação a lógica também funcione. Você pode - e deve - criar. Mas, para isso, é preciso saber o básico, as regras, os parâmetros pré-estabelecidos dos quais fala Atala. Caso contrário, vira invenção. Se, na cozinha, o chef precisa entender os ingredientes e suas histórias, na comunicação é preciso começar entendendo o público alvo, a essência da mensagem a ser passada. Não dá para criar o jornal interno ou a propaganda perfeitos, lindos, sem saber, por exemplo, a melhor linguagem para atingir o leitor/consumidor do produto.

Ficará parecendo aqueles pratos maravilhosos, que enchem os olhos, mas que, ao primeiro contato com a língua ou com o olfato, são um desastre. O anúncio pode ser lindo, mas o nome do anunciante pode ser esquecido dois segundos depois. A revista pode parecer perfeita em vários aspectos, mas vai para o lixo sem ser lida por quem deveria.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Hollywood é aqui

Sempre tive preguiça de filmes americanos ou europeus que mostram o Brasil como refúgio para bandidos. Basta um qualquer fazer algo errado para que citem o país ou o Rio de Janeiro como destino seguro.

Qual não foi minha surpresa ao ver que o chefe do tráfico internacional Juan Carlos Ramirez Abadia, dono de um cartel na Colômbia, foi preso esta semana no interior de São Paulo. O póprio delegado afirmou que ele veio ao Brasil por acreditar que passaria desapercebido.

A vida imita a arte ou a arte imita a vida?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Aos melhores, o prêmio

Às vezes, a vida pede grandes doses de ousadia. Noutras, apenas uma pequena quantidade. Na comunicação, não há receita pronta. A cultura do 'se assim funciona, para quê mudar?' ainda faz parte de muitas instituições. Essa postura, às vezes, é inerante ao perfil dos próprios profissionais de comunicação corporativa. Graças a Deus, ainda existem (aos montes) os que ainda são picados pelo bichinho da inquietude. Esses são os que mais sofrem e precisam de fôlego redobrado para mostrar que é preciso dar uma sacudida de vez em quando.

Grandes mudanças, como transformar um jornal interno em revista ou reformular um site corporativo, podem gerar desconforto e desconfiança de boa parte do staff da empresa. Mas esses sentimentos somem após a verificação do resultado: a satisfação do públco-alvo, que passa a ter melhor acesso à informação. Mas, quando mudar? Cada caso é um caso, cada empresa com sua realidade. Mas, uma reciclada periódica é mais do que necessária para despertar novamente o interesse naquilo que é oferecido.

Em tempo: os finalistas do Prêmio Aberje Minas nesse assunto são:
Gestão de Mídia Impressa
Fundação Dom Cabral: DOM - A Revista da Fundação Dom Cabral
Unimed-BH: Coleção Promoção da Saúde
Usiminas: Balanço Social e Relatório Anual

Gestão de Mídia Digital
Fiat Automóveis: Mão na Roda Fiat
Fundação Dom Cabral: Portal FDC
Gerdau Açominas: Mídia Digital - A Revolução da Rede

domingo, 5 de agosto de 2007

Quem não se comunica...


A comunicação - quem diria - virou preocupação dos produtores de vinho de Bordeaux, uma das mais famosas (ou seria a mais?) região vinícola do mundo. Mas não daqueles cujas marcas falam por si só, têm amantes no mundo todo e custam, claro, a fortuna que deu fama de caro aos vinhos franceses. A preocupação com comunicação e marketing começou a fazer parte da vida dos 9000 produtores digamos, medianos, que passaram a enfrentar a concorrência dos vinhos do novo mundo.

E é fácil entender o porquê. A Exame deu, em sua última edição, que os rótulos dos vinhos fabricados nessa tradicional região da França não são tradicionais por acaso: eles obedecem a uma classificação estabelecida em 1855 por Napoleão III, que não consta nem o nome das uvas. Nestes tempos em que palavras como Malbec, Merlot, Cabernet e Tempranillo fazem parte da conversa de qualquer iniciante enófilo, deve ser realmente um pesadelo escolher um Bordeaux.

Robert Mondavi, um dos maiores produtores californianos diz que "fazer vinho é uma técnica: um bom vinho, é uma arte". Pelo jeito, deixar claro suas características e facilitar a vida do consumidor também.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Luto triplo na sétima arte

Os jornais do mundo inteiro publicaram ontem e hoje: morrem, no mesmo dia, os cineastas Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman. O cinema ficou órfão de gênios criadores da sétima arte. O discurso de lamento é o mesmo: do jornal Hoje em Dia ao New York Times.

A Veja deu esta semana: Márcio Garcia vai (ou ao menos quer) virar diretor de cimena. E julga-se muito bem preparado para a empreitada depois de ler um livro que fala de roteiro, iluminação e direção e assistir a muitos filmes.

Minha alegria de atleta

É comum ver brilho nos olhos das pessoas felizes. Mas, hoje, os olhos dos atletas do Minas que voltaram dos Jogos Pan-Americanos brilhavam diferente. Em alguns, o brilho refletia ouro puro, em várias intensidades, dependendo da quantidade e da cor da medalha que trouxeram na mala. Em outros, a alegria refletida era apenas pelo reconhecimento e pelo esforço de ter tentado. Para uns, o Pan foi o primeiro passo de um grande caminho. Para outros, pode significar a última competição pan-americana disputada.

As razões são distintas, mas todos sentiram a mais pura alegria. Nunca fui atleta. Se um dia eu tive alguma pretensão, ela morreu quando meu joelho resolveu deixar de funcionar direito. Mas a alegria dos atletas refletiu e contagiou quem estava por perto. De alguma forma, ela também foi minha.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Softbol, beisebol e coliformes fecais

Não sou expert em todos os esportes que disputaram o Pan. De softbol e beisebol, por exemplo, não entendo nada. E parece que São Pedro e os organizadores do Pan também não. Ambos foram muito lembrados nos últimos dias, quando a chuva transformou os improvisados estádios na Cidade do Rock em uma piscina de lama. Não foi possível nem mesmo o jogo final do softbol, e a distribuição de medalhas ficou a cargo do corpo técnico da modalidade. Como os organizadores colocam a competição em um lugar sem sistema de drenagem de água? E como São Pedro manda chuva num lugar assim em dia de jogo?

Mas por falar em piscina de lama, acho que a nadadora Poliana Okimoto preferiria a Cidade do Rock ao mar de Copacabana. Apesar da prata na maratona aquática, a atleta foi contaminada por coliformes fecais ao nadar na praia mais famosa do país.

Alguém, por favor, avise os turistas.

domingo, 29 de julho de 2007

Aula de geografia

Enfim, os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Pan do Brasil, chega ao fim. Mais do que lições de garra, de superação, de trabalho em equipe, de vontade de vencer, o Pan trouxe uma lição de geografia. Afinal, foram 42 países das Américas participando da competição.

Foi com o Pan, e contando com a ajuda do Google Earth, que conheci as Ilhas Virgens, cujo governo nem tem site oficial. Que aprendi que São Cristóvão e Nevis são ilhas caribenhas e que Santa Lúcia, no alto de seus 161 mil habitantes fica ali, ao lado de São Vicente e Granadinas. Simples asssim...

Santa Lúcia ainda coroou sua participação no Pan 2007 com uma medalha de bronze no salto em altura feminino, com Levern Spencer. Os outros, nem conseguiram subir ao pódio. Mas mostraram ao resto das Américas, ou ao menos aos brasileiros mais interessados, que estão no mapa e são nossos vizinhos.

E fica o desafio. Alguém consegue listar, de uma única tacada, ao menos metade dos 42 países participantes do Pan?