Não sei onde o mundo vai parar com tanta tecnologia à disposição das pessoas. Outro dia estava no ônibus, sentadinha lá no fundo, quando a menina que estava do meu lado tirou uma pequena máquina fotográfica da bolsa e começou a fotografar as pessoas. Como a maioria estava de costas, ninguém viu o que o acontecia. Fiquei pensando o que ela faria com as imagens. Parece que ela leu meu pensamento e apressou-se em responder: "não pense mal de mim. Sou estudante de comunicação e estou fazendo um trabalho no qual preciso flagrar as pessoas em suas atividades corriqueiras".
Ok, pensei. E perguntei a ela: "será que as pessoas aqui querem ser flagradas andando de ônibus às 8h da noite, depois de um dia cheio?". A menina não teve resposta e eu desci no ponto seguinte.
Dias depois, entro no elevador do clube e lá tem três adolescentes filmando as pessoas que entravam e saíam do elevador com a filmadora do celular. Como a maquininha era discreta, ninguém mais percebeu o que acontecia. Quando ficamos sozinhos - eu e os garotos - no elevador, um deles deu um jeito de começar a me filmar. Brinquei que ia cobrar direito de imagem. O menino deu um risinho sarcástico e respondeu: "Vai nessa. E olha depois o vídeo no youtube".
Não tive coragem de procurar...
domingo, 16 de dezembro de 2007
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2 comentários:
Na boa, deu vontade de dar uns tapas né? hehehe agora dá para sentir um pouco do incômodo que celebridade sente. Imagina.. vc com maior cara de prego, cansada e vem e te filmam, fotografam e ainda põe legendinha esculachando??hehehe Concordo que a coisa ta descambando mesmo...outro dia recebi a noticia de que ano que vem vou poder acompanhar as peripécias de minha filhota em sala de aula via internet...fiquei sem saber se isso é bom ou não..ainda tô digerindo a novidade. Mas confesso que vou chegar a conclusão de que melhor não ver...
Eh, Danny, depois da experiência do elevador, não sei se gostaria de um big brother me filmando o tempo todo na escola ou no trabalho. Mas acredito que a Sofia já vai crescer dentro de um universo no qual o público e o privado se confundem muito e é capaz de ela ainda dar um tchauzinho para a mamãe na hora do lanche. Feliz da vida. Pelo menos até chegar na adolescência...
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