quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Tempo, esse implacável

Quem não se encantou com os mamíferos da Parmalat? Não conheço uma única pessoa que não tenha colecionado ou pelo menos adquirido seu filhote preferido.

Aos saudosos, como eu, uma boa notícia: eles estão de volta na nova campanha da empresa. Mas, como o tempo não perdoa ninguém, os bichinhos também cresceram.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

5 estágios

Todo mundo tem crises de humor frente a um obstáculo. Do desespero à aceitação, tudo acontece. No vídeo abaixo, a pobre girafa é a metáfora perfeita das reações humanas.

Para rir um pouco. Dela e de nós mesmos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Aqui se faz, aqui se paga

Quem não se lembra de pegar um caderno antigo da avó e ver nele grafias engraçadas como pharmácia, assim, com PH. Eu, muitas vezes, quando criança, achava que meus antepassados não sabiam escrever direito. E ria da situação...

Com as novas regras da língua portuguesa que entrarão em vigor no próximo ano (veja aqui), será a vez de meus sobrinhos, filhos e netos rirem da minha cara. Afinal, como vou me acostumar a escrever ‘autoestrada’ assim, juntinho? Ou ‘voo’ sem o acento que levou algumas aulas de português para eu me lembrar dele? A única coisa boa e fácil será o fim do trema. Até porque ele ainda existe hoje de insistente que é, pois ninguém mais lembra-se dele.

domingo, 19 de agosto de 2007

Petulância de uma quase foca

Foca, no jargão jornalístico, é aquela pessoa recém-formada, que chega ao mercado de trabalho cheia de boas intenções, mas com muito ainda a aprender. Normalmente, em nosso período de foca, os jornalistas experientes têm um pouco mais de paciência, gostam de ensinar e, muitas vezes, perdoam com mais tranquilidade os deslizes inerentes da condição de recém-formado.

Terminei hoje um curso ministrado pelo Comunique-se. Foi uma aula legal, que trouxe à tona as características da Escola Européia de jornalismo, assunto praticamente não visto nas faculdades de comunicação, uma vez que o Brasil segue a Escola Norte-Americana, com sua estruturação rígida de lead (abertura da matéria) e sua teoria de pirâmide invertida (escreve-se da informação mais importante para a menos relevante).

Pois bem, ao final do curso, foi perguntado aos alunos, em sua grande maioria jornalistas, o que tinham achado do curso. A resposta de uma jovem foi: "Deve ser porque eu estou no oitavo período de jornalismo, mas achei que o curso não me acrescentou nada".

Deus proteja quem, antes mesmo de graduar-se, já acha que sabe tudo. Na verdade, que Ele proteja o mercado e os pobres leitores de pessoas assim...

sábado, 18 de agosto de 2007

Mais que portunhol

A grande maioria dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil, creio eu, não sabem falar o português. Se existem milhares de brasileiros que assassinam a língua pátria, quem somos nós para querer pedir uma coisa dessa a um turista.

Muitos dos 'gringos' tentam se comunicar em inglês e, muitas vezes, nem estamos preparados para atendê-los nessa língua que se diz universal. Noutras vezes, é o portunhol que entra em cena. Em Ouro Preto, na última semana, um casal alemão que estava ao meu lado numa cafeteria inovou: inventou o "inglesnhol". Eles pediram, para desespero do meu ouvido (que nem é muito purista), the cuenta.

Mas, o importante é que o garçon entendeu. E mereceu sua gorjeta.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Pra lembrar daqui uns anos

Por falar em memória, li na Folha de S. Paulo que uma xícara de café pode ajudar mulheres acima de 65 anos a manter a memória mais eficaz, recordando melhor imagens e palavras. Só preciso me lembrar disso quando chegar lá...

Ah, por algum motivo ainda obscuro, a regra não vale para homens.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Lado B

Tudo na vida tem o lado bom e o ruim. O importante é que o lado bom supere sempre o outro. Por exemplo: a enxaqueca passou a fazer parte da minha vida há alguns anos. E isso nunca me deixou feliz. Mas a notícia que li hoje pelo menos amenizou o sofrimento: os ‘enxaquecosos’ têm a memória mais bem afiada, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins.

Uma informação para ser lembrada como consolo nas horas de crise...

domingo, 12 de agosto de 2007

A gente cria ou inventa?

Li, recentemente, um artigo do Alex Atala, um dos chefs que eu admiro, no qual ele fazia uma diferenciação entre criar e inventar. Para ele, criar é trabalhar sobre parâmetros pré-estabelecidos. Primeiro, você precisa ter o domínio da técnica. Assim, segundo ele, cozinhar bem é criação, e não invenção.

Acredito que na comunicação a lógica também funcione. Você pode - e deve - criar. Mas, para isso, é preciso saber o básico, as regras, os parâmetros pré-estabelecidos dos quais fala Atala. Caso contrário, vira invenção. Se, na cozinha, o chef precisa entender os ingredientes e suas histórias, na comunicação é preciso começar entendendo o público alvo, a essência da mensagem a ser passada. Não dá para criar o jornal interno ou a propaganda perfeitos, lindos, sem saber, por exemplo, a melhor linguagem para atingir o leitor/consumidor do produto.

Ficará parecendo aqueles pratos maravilhosos, que enchem os olhos, mas que, ao primeiro contato com a língua ou com o olfato, são um desastre. O anúncio pode ser lindo, mas o nome do anunciante pode ser esquecido dois segundos depois. A revista pode parecer perfeita em vários aspectos, mas vai para o lixo sem ser lida por quem deveria.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Hollywood é aqui

Sempre tive preguiça de filmes americanos ou europeus que mostram o Brasil como refúgio para bandidos. Basta um qualquer fazer algo errado para que citem o país ou o Rio de Janeiro como destino seguro.

Qual não foi minha surpresa ao ver que o chefe do tráfico internacional Juan Carlos Ramirez Abadia, dono de um cartel na Colômbia, foi preso esta semana no interior de São Paulo. O póprio delegado afirmou que ele veio ao Brasil por acreditar que passaria desapercebido.

A vida imita a arte ou a arte imita a vida?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Aos melhores, o prêmio

Às vezes, a vida pede grandes doses de ousadia. Noutras, apenas uma pequena quantidade. Na comunicação, não há receita pronta. A cultura do 'se assim funciona, para quê mudar?' ainda faz parte de muitas instituições. Essa postura, às vezes, é inerante ao perfil dos próprios profissionais de comunicação corporativa. Graças a Deus, ainda existem (aos montes) os que ainda são picados pelo bichinho da inquietude. Esses são os que mais sofrem e precisam de fôlego redobrado para mostrar que é preciso dar uma sacudida de vez em quando.

Grandes mudanças, como transformar um jornal interno em revista ou reformular um site corporativo, podem gerar desconforto e desconfiança de boa parte do staff da empresa. Mas esses sentimentos somem após a verificação do resultado: a satisfação do públco-alvo, que passa a ter melhor acesso à informação. Mas, quando mudar? Cada caso é um caso, cada empresa com sua realidade. Mas, uma reciclada periódica é mais do que necessária para despertar novamente o interesse naquilo que é oferecido.

Em tempo: os finalistas do Prêmio Aberje Minas nesse assunto são:
Gestão de Mídia Impressa
Fundação Dom Cabral: DOM - A Revista da Fundação Dom Cabral
Unimed-BH: Coleção Promoção da Saúde
Usiminas: Balanço Social e Relatório Anual

Gestão de Mídia Digital
Fiat Automóveis: Mão na Roda Fiat
Fundação Dom Cabral: Portal FDC
Gerdau Açominas: Mídia Digital - A Revolução da Rede

domingo, 5 de agosto de 2007

Quem não se comunica...


A comunicação - quem diria - virou preocupação dos produtores de vinho de Bordeaux, uma das mais famosas (ou seria a mais?) região vinícola do mundo. Mas não daqueles cujas marcas falam por si só, têm amantes no mundo todo e custam, claro, a fortuna que deu fama de caro aos vinhos franceses. A preocupação com comunicação e marketing começou a fazer parte da vida dos 9000 produtores digamos, medianos, que passaram a enfrentar a concorrência dos vinhos do novo mundo.

E é fácil entender o porquê. A Exame deu, em sua última edição, que os rótulos dos vinhos fabricados nessa tradicional região da França não são tradicionais por acaso: eles obedecem a uma classificação estabelecida em 1855 por Napoleão III, que não consta nem o nome das uvas. Nestes tempos em que palavras como Malbec, Merlot, Cabernet e Tempranillo fazem parte da conversa de qualquer iniciante enófilo, deve ser realmente um pesadelo escolher um Bordeaux.

Robert Mondavi, um dos maiores produtores californianos diz que "fazer vinho é uma técnica: um bom vinho, é uma arte". Pelo jeito, deixar claro suas características e facilitar a vida do consumidor também.