quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Pequeno Príncipe

A notícia de uma cobra que comeu um bezerro em Minas Gerais me fez lembrar a história do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. No primeiro capítulo do livro (se não me engano), o personagem principal conta sua desventura com seu primeiro desenho: uma jibóia que tinha engolido um elefante.

Todos os adultos para quem ele mostrou o desenho interpretaram aquele esboço como um chapéu. Ao tentar melhorar sua obra de arte, desenhando o elefante dentro da cobra, foi aconselhado a deixar de lado o mundo das artes.

Ele seguiu o conselho e virou piloto de aviões. Mas sempre guardou o primeiro desenho. E o usava para conhecer melhor as pessoas:

"Quando encontrava uma (pessoa) que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era verdadeiramente compreensiva. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu não lhe falava nem de jibóias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável.”


E isso tudo só para lembrar que preciso de um exemplar dO Pequeno Príncipe para minha biblioteca...

2 comentários:

APPedrosa disse...

Um dia encontrei a Larissa, ainda com uns cinco anos, bem concentrada numa conversa com um quase estranho para ela (um namorado de uma prima). Depois perguntei o que eles tanto conversavam e ela me contou que como ele era muito sério, ela contou que o avô tinha batido o carro e que não sei quem tinha passado mal, só assuntos de gente grande.

Liene Maciel disse...

Além da Larissa ser um caso à parte da natureza (rs...), a gente faz isso o tempo todo. E é tão bom encontrar alguém que entenda e poder falar de estrelas, animais, florestas e sonhos... Acho que pra isso servem os bons amigos, né não?