quarta-feira, 28 de novembro de 2007

8,50 x 4 = 60

Tem contas que não fecham. Por mais que a gente tente, fica a sensação de que alguém acredita que matamos as aulas de matemática na escola. É o caso do camelô que grita como se fosse a melhor notícia do mundo: 1 é 3 e 3 é 10. E  a senhorinha, simples na sua matemática de primário, acaba comprando três cd's piratas achando que está fazendo um bom negócio.


Hoje, recebi uma oferta parecida por e-mail. Poderia assinar uma revista especializada pela bagatela de 60 reais por ano, com direito a quatro exemplares, já que ela é trimestral. No parágrafo debaixo, o anúncio avisa que a nova edição já está nas bancas. Por 8,50 reais. 


Tive que ler umas duas vezes para acreditar no que via. Será que, por ser uma revista voltada para comunicólogos, eles se esqueceram de que a gente estudou matemática até o final do 2º grau? Ou seja, posso até não saber mais logorítimo, mas a tabuada ainda está na ponta da língua. O mais surreal foi que, minutos depois, o telemarketing da revista me ligou para oferecer a assinatura anual. E queriam porque queriam me convencer que era uma pechincha.

Praticamente um negócio da China. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O preço da audiência

Desde que o programa Hoje em Dia, da Rede Record, estreou, a turma a Globo vem tendo dor de cabeça. Tornou-se uma constante o matinal comandado por Ana Hickman passar o Mais Você no Ibope. Ultimamente, Ana Maria Braga tem perdido audiência até mesmo para o Fala Brasil, que a emissora de Edir Macedo leva ao ar antes do Hoje em Dia.


Para tentar mudar o cenário, no programa de ontem, Ana Maria Braga rebolou. Literalmente. Ela apresentou uma professora para dar aula de poli dance, aquela dança sensual que a personagem de Flávia Alessandra faz em uma boate, na novela Duas Caras. Como se não bastasse a exibição da profissional, a própria apresentadora resolveu 'entrar na dança'.


O que não se faz por uns pontos a mais no Ibope...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Árvore genealógica

Sempre gostei de histórias de família. Sagas como a de O Tempo de o Vento (Érico Veríssimo) ou Cem anos de solidão (Gabriel Garcia Marques) encantaram minha juventude e ainda me fazem sonhar alto. E desde pequena ouço histórias sobre a matriarca da minha família, D. Joaquina do Pompéu.

Quem conhece um pouco da história da formação de Minas já ouviu falar dela. Fazendeira endinheirada (pergunda que não quer calar: onde foi parar essa riqueza?) cuja fazenda ia de Pompéu a Patrocínio. Vários escravos, inimigos, amigos na Corte e muita história para contar. Histórias que ficaram registradas nas páginas de livros como o Sinhá Braba, de Agripa de Vasconcelos.

E não é que minha tia tirou do fundo do baú um outro livro, que traz, além da história, a árvore genealógica da D. Joaquina? Tem minha família desde os idos de 1600 e uns quebrados até meus tios mais velhos (a edição é da década de 50). Estou encantada e resgatando minhas raízes.

Meus avós eram primos distantes, ou seja, tanto do lado da vovó quanto do vovô chego no mesmo lugar: D. Joaquina do Pompéu. Essa coisa de sangue é forte.

domingo, 18 de novembro de 2007

Sem-noção

Tenho uma amiga que diz que os 'sem-noção' vão dominar o mundo. Eles estão por toda parte. No trabalho, na família, no grupo de amigos... sempre tem um sem-noção na nossa vida. Este fim de semana descobri que dá para fazer uma grande lista dos filmes da categoria sem-noção.

Como ia passar o feriadão em casa, a opção foi aproveitar para ver alguns filmes. No fim do domingo, a conclusão: todos sem-noção:

1. A volta do todo poderoso - não assisti a O Todo Poderoso, mas a volta dele foi sofrida. Dá para imaginar alguém construindo uma arca, como Noé fez, nos dias de hoje, contando com a ajuda dos animais?...
2. Duro de Matar 4 - foi o primeiro da série que eu assisti, e foi duro ver aquelas cenas inverossímeis acontecendo como se fosse rotina...
3. Missão Impossível 3 - foi o melhorzinho, mas é simplesmente sem noção tudo o que o Tom Cruise passa e nem pro hospital ele vai. Quase um duro de matar 5. Ele disputa com o Bruce Willis o título de mais difícil de morrer...
4. 007 Cassino Royale - confesso de, depois de uma cena interminável de uma perseguição surreal no aeroporto de Miami, eu desliguei a TV.

Pelo menos uma coisa é certa: os roteiristas estão cada vez mais criativos para imaginar cenas e roteiros 'sem-noção'.

E ainda tem 'Os Simpsons - O Filme' ao lado do DVD esperando para ser visto. Mas eu tenho medo...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Mês das noivas

Com três casamentos para ir nos próximos 15 dias, tenho a certeza de que novembro transformou-se no mês das noivas.



Um brinde ao amor!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Hein?

Abri os jornais hoje e levei um susto. Tive que ler duas vezes um título para acreditar no que estava vendo: Frank Aguiar é cotado para substituir Gil no Ministério da Cultura.

Ou o país está ficando doido, ou doida estou ficando eu por continuar aqui.

PS. A matéria me lembrou que F. Aguiar é deputado federal. Além de cantor, é claro...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Profissão doida e doída

Poder ler novamente uma série de reportagens do jornalista Maurício Lara fez abrir um sorriso largo no meu rosto. Estava com saudades de sua sensibilidade para tratar de questões mais que humanas de maneira informativa e poética. A série do jornal Estado de Minas sobre a prostituição no Norte de Minas Gerais trouxe um ângulo diferente: ser mulher da vida é carreira que passa de mãe para filha, para neta e entra num círculo vicioso difícil de quebrar.

Ouvir relatos, contar histórias de pessoas comuns foi uma das características que me atraiu para o jornalismo. Gente como a Maria Cheirosa e a Maria Pisca-Pisca, principais personagens da ‘saga’ de Maurício. Além das reportagens, ele ainda faz uma análise do que viu e viveu durante a apuração. Daí sua conclusão: o jornalismo é uma profissão doida e doída.

A publicação das matérias termina amanhã, mas dá para acompanhar um pouco pelo site do jornal.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Amor e tecnologia

Histórias de amor sempre acontecem por aí. As dos filmes de Hollywood geralmente são as mais açucaradas, choronas e, por que não dizer, inverossímeis. Mas uma dessas histórias que parecem ter saído das telonas aconteceu em Nova Iorque. Um indivíduo viu a mulher dos seus sonhos no metrô, criou um blog para achá-la e... conseguiu.

Se a história teve ou não um final feliz, ninguém sabe. Ele deixou de atualizar o site depois que a menina topou o primeiro encontro com ele.

Essa é para deixar calados aqueles que não acreditam na força da web...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ginástica


Eu sei que é preciso, mas frequentar uma academia de ginástica é meu suplício.

- Primeira aula! Vamos ver, querida, se nos entendemos. Você quer reduzir, endurecer ou tonificar?
-Fugir.



by Maitena

domingo, 4 de novembro de 2007

Se todos fossem iguais a você

A Veja desta semana realmente me causou espanto. Depois do mapa-múndi doidão (veja post abaixo), o empresário Enzo Rossi resolveu sentir na pele como vivem os empregados de sua fábrica de massas alimentícias. Ele e a mulher - que também trabalha na empresa - passaram um mês com 1000 euros cada, valor que a maioria dos empregados recebe de salário.

Todo mundo já poderia saber o final: sobrou mês no fim do salário. No dia 20, já não tinham mais um centavo. Resultado: aumentou em 20% a remuneração mensal dos empregados de sua fábrica. O mais fantástico da história é a lucidez com que ele tomou essa decisão. Deixou claro que foi o mais puro ato de egoísmo. E explica: com um salário insuficiente para terminar o mês, as pessoas vivem sob o estresse psicológico e trabalham mal. Se o empregado está feliz, o macarrão sai mais bem feito.

Se a moda pega por aqui, queria ver muita gente se virar com um salário mínimo.

No llores por mi, Argentina


Uma coisa me impressionou na Veja desta semana. Uma pesquisa do Instituo Ipsos mostou que, assustadoramente, 50% dos brasileiros entrevistados não conseguem identificar, ao olhar um mapa-múndi, onde fica nosso país. E quase 10% deles já passaram pelos bancos de uma faculdade. Saber onde fica a França, então, foi tarefa que apenas 3% conseguiu acertar.

Craques em fazer piadas com os hermanos argentinos, 2% dos brasileiros acharam que o Brasil fica na Argentina. E 84% não sabem nem onde a verdadeira Argentina fica. Não é à toa que tem muita gente mundo afora achando que a capital do Brasil é Buenos Aires. Se brincar, foi um brasileiro que contou...

sábado, 3 de novembro de 2007

Drinque sem noção

As pessoas mais simples acreditam em tudo. É tamanha a boa fé, que às vezes é difícil acreditar. É como o caso de uma moradora do Aglomerado da Serra (conjunto de favelas em BH) que contou em um programa de rádio que tomou soda cáustica com água porque lhe disseram que era bom para 'queimar' gorduras.

Para mim, inacreditável. Para ela, dias no hospital para recuperar o organismo da aventura.

O depoimento está no livro 'Rádio Favela ouve a mulher', de Marisa Sanábria.