segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O que á amor de mãe?

Parece que está virando moda em Minas. Primeiro, o neném jogado dentro de um saco de lixo na Lagoa da Pampulha. Depois, a menininha resgatada de dentro do Rio Arrudas (que não conseguiu resistir ao mergulho no esgoto a céu aberto). Nesse fim de semana, mais uma menina foi abandonada pela mãe que, num lampejo de bom senso, não a jogou no lixo, mas a deixou na porta de uma casa em Ibirité.

Não tenho filhos, mas não consigo imaginar de onde sai tanta crueldade do coração de uma mulher. Tem tanta gente querendo adotar uma criança, ainda mais recém-nascida e do sexo feminino. Por que não entregam o bebê para adoção? Ou, antes, porque não previnem a gravidez?

Na contra-partida, uma mineira teve trigêmeos também no fim de semana. Ela já tinha seis filhos, tem 28 anos e o marido ganha menos de R$ 400,00 por mês... Está feliz da vida (assustada, claro), mas vai criar todos com muito amor.

4 comentários:

APPedrosa disse...

Eu tive a triste missão de cobrir o enterro da Michele, a bebê do Arrudas. Era uma mistura de indignação, revolta, incredulidade... Não teve velório. O corpo chegou ao cemitério dez minutos antes do enterro. Mesmo assim, o tio da criança, irmão da mãe, achou muito para esperar. Ele gritava o tempo todo: "vamos acabar logo com isso, não estou agentando" e olhava para imprensa e curiosos: "saiam daqui, vou chamar a guarda para tirar vocês".

Liene Maciel disse...

Se esse momento não é fácil para nós, jornalistas, imagine para a família. Fico pensando até onde é realmente necessária a presença da imprensa em momentos assim... se não é uma invasão de privacidade sem sentido. Enfim, vida que segue.

APPedrosa disse...

Liene, você não entendeu. A única família que sofria era a do pai. A da mãe só queria "acabar com isso" e as "lágrimas" só apareceram quando as câmeras foram ligadas.
beijo, Ana Paula

Liene Maciel disse...

Credo! E eu com dó da galera.