Comer fora de casa é uma aventura. Fazer isso diariamente o é mais ainda. Não bastasse o trabalho de sempre procurar algum lugar que concilie preço, sabor, ambiente, qualidade, localização, higiene, é preciso descobrir vários desses, para não enjoar da comida e promover um saudável rodízio de comidas a quilo. Às vezes, é imprescindível sair da rotina de self-service e buscar um a la carte para arejar a cabeça no momento do almoço, saindo da rotina.
O problema é quando descobrimos que este lugar, escolhido a dedo para ser o oásis, não passava de uma miragem. O pior é que insistimos em negar as evidências. A primeira vez que encontrei um ser vivo (na verdade, o danado já estava morto) na minha salada, achei que era um mau dia da cozinha do lugar. Afinal de contas, tudo ali era tão legal, tão limpinho, o ambiente tão cool e aconchegante que não ia ser um inseto intrometido que iria estragar o prazer de almoçar lá de vez em quando, cercada de livros, gente bonita e descolada, com um expresso bem tirado no final. Dei um tempinho para que os olhos e o estômago se esquecessem do episódio e voltei a frequentar o lugar.
Mas não é que na última sexta descobri um outro bicho de patas (e não era o boi da almôndega) no meu prato? E como quem procura acha, foi só dar uma busca no prato do Edu para descobrir outro. A cozinheira mandou dizer que eles deviam estar (secos) no meio das ervas (secas) polvilhadas por cima do fetuccine alho & óleo com almôndegas ao pomodoro. Mas depois de uma análise minuciosa, acredito mais que eram aqueles carunchinhos que infestam uma massa velha ou mal acondicionada. Enfim, preciso descobrir um outro lugar legal assim para almoçar de vez em quando.
Ops... legal assim não! Eu dispenso a carne não solicitada. Enquanto isso, me tragam um sanduíche para acabar o dia.
terça-feira, 25 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
Eu passo (se não ficar presa pelo salto)
Podem dizer que é charme, que embeleza a cidade, que faz parte da história. Mas eu não consigo gostar das calçadas portuguesas que se tornam cada vez mais presente nas ruas de Belo Horizonte. Além da manutenção delas não ser tão fácil (e aí somos surpreendidos pelos buracos, pedras soltas e areia fina pelos passeios), elas ainda são um perigo para quem usa sapato de salto. E não precisa ser salto alto não. Em duas semanas, tive dois saltos destruídos pelas calçadas portuguesas e ainda fiquei presa no meio da calçada com o salto agarrado em uma das frestas que existem entre as pedras. Os portugueses até trouxeram muitas coisas boas para o Brasil, mas o estilo dos passeios, eu dispenso.
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